De uma forma acelerada, a inteligência artificial (IA) proporciona novo cenário em todos os segmentos profissionais, revolucionando processos, otimizando recursos e redefinindo a forma como trabalhamos e interagimos.
No entanto, diversos profissionais receiam ficar de fora dessa evolução tecnológica, que demonstra ser essencial para o sucesso de qualquer carreira.
Nenhum profissional pode fechar os olhos para essa realidade que se impõe. Daí podermos afirmar que o Auditor Fiscal da Receita também precisa preparar-se para utilizar da melhor forma possível a IA, a fim de aproveitar as oportunidades que ela proporciona.
O presidente da Unafisco Nacional, Auditor Fiscal Mauro Silva, destaca que a inteligência artificial é uma grande aliada dos Auditores Fiscais, gerando aumento da eficiência, da qualidade e da renovação dos processos de trabalho.
Todas as gerações de IA. No 8º Encontro Nacional de Ativos, Aposentados e Pensionistas da Unafisco Nacional, realizado neste ano em Foz do Iguaçu/PR, Mauro Silva ressaltou a importância da implantação da inteligência artificial pela Receita Federal de forma inclusiva para todas as gerações de Auditores Fiscais.
Para ele, “é fundamental que cobremos nossos administradores para que atuem em relação à IA de forma a aproveitá-la.” Mauro afirmou ainda que é necessário minimizar o medo e a insegurança associados à implantação exageradamente acelerada desta tecnologia não focada no aspecto humano.
“É preciso que haja mais investimento no ser humano, respeitando as suas especificidades. Então temos que ser usuários críticos, e não marginalizados pela IA e excluídos por ela. Se não fizermos isso, ela [inteligência artificial] vai ser implantada de maneira excludente. Vai ser implantada de maneira a aumentar o medo e a insegurança nas pessoas em relação ao seu futuro profissional. É isso que a gente não deve permitir.”
Habilidades humanas. O professor da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, Li Jiang, também defende a necessidade de maior investimento em habilidades humanas, com o avanço da inteligência artificial.
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o especialista lembrou que na era da eletricidade, quando ainda não havia robôs para operar máquinas de forma repetitiva, o próprio ser humano realizava essa tarefa.
“Tudo isso mudou porque agora é a era da IA. Ela pode fazer muitas coisas que costumávamos pensar que apenas humanos poderiam fazer. Finalmente, temos robôs com IA capazes de fazer todos os tipos de trabalhos. Agora, se o robô real está pronto, os ‘falsos’, que somos nós, precisamos devolver o trabalho porque eles realmente são melhores. Por isso, precisamos nos concentrar mais nas habilidades humanas.”
Jiang destacou ainda que “no futuro do trabalho, competiremos com o ser humano mais a inteligência artificial.”
“Quando você for para uma empresa, quando você estiver inserido em uma sociedade, o que as pessoas vão observar é sua habilidade de usar a IA para realizar tarefas”, disse Jiang.
Para o professor, a educação também precisa mudar, focando em habilidades humanas como criatividade, comunicação e inovação.
“Você precisa ter a habilidade de diferenciar a capacidade humana da capacidade da máquina. Se você está incentivando seus filhos a fazerem muitos cálculos, isso não está certo. É como pedir para ele calcular mais rápido e com mais precisão do que uma máquina. Não tem sentido. É preciso saber como usar a IA como ferramenta. Nós coexistimos com ela agora. E ela é uma das ferramentas mais poderosas que já inventamos, você não pode se recusar a usá-la.”
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Parte 2: Inteligência Artificial na prática do Auditor Fiscal e do órgão





