O Plenário da Câmara dos Deputados rejeitou, em 11/8, o destaque do PPS à PEC 443/09, o qual incluía a Classe entre os beneficiados pela vinculação de salários prevista na proposta. Foram 269 votos a favor e 185 contra. Eram necessários 308 votos para o destaque ser aprovado. Neste link, você pode ver como votou cada deputado.
A rejeição não reflete o intenso trabalho parlamentar realizado pelos Auditores Fiscais em Brasília e no restante do País. Mais de mil colegas percorreram gabinetes dos deputados para esclarecê-los a respeito da importância da valorização dos Auditores Fiscais da RFB. Somente no ano passado, a arrecadação tributária ultrapassou a marca de R$ 1 trilhão! A histórica participação dos Auditores Fiscais na Operação Lava Jato, só para citar outro exemplo, tem sido reconhecida na mídia constantemente. Ainda sobre a importância da Classe, leia a notícia Receita Federal para e se torna novo risco para ajuste fiscal, publicada pela Folha de S.Paulo.
No entanto, sabe-se lá por quê, deu um apagão no secretário da Receita Federal do Brasil, Jorge Rachid. Não mexeu uma palha em nosso favor. Amarelou. Não foi ao Congresso Nacional pressionar os parlamentares. Nem deu as caras nas mobilizações. Para ele, o destaque que nos incluiria na proposta era algo distante, como se ele não fosse Auditor Fiscal, nem brasileiro. Pois haver uma Receita Federal forte no cumprimento do seu dever interessa a todos os brasileiros.
O que dizer do ministro da Fazenda? Sobre o tema, Joaquim Levy teve uma participação tímida, quase inexistente. Quando falou, prometeu que “o que sair para eles sairá para vocês.” Até agora não saiu nada. A impressão que dá é que o senhor ministro não fez uma ligação sequer em nosso favor! O governo, por sua vez, seguiu a mesma linha. De acordo com a análise de conjuntura realizada pelo Sindifisco Nacional, “a decisão [a não inclusão da Classe na proposta] foi diretamente influenciada pela incapacidade do governo federal de organizar a base de apoio na Câmara. A postura covarde da liderança do PT e do governo federal levou outros partidos a votarem contra o destaque.”
A luta continua, apesar dos que jogam contra o Brasil. A nossa estratégia é fazer acontecer. Vamos cobrar a promessa do senhor ministro da Fazenda. Quanto ao Rachid, será que começará a se mexer ou optou por se desconectar da Classe? Na próxima sexta-feira (14/8), ocorrerá assembleia do sindicato. Não a perca por nada. Vamos demonstrar que estamos totalmente indignados com a situação e que, por isso, a Receita vai parar.
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