A Receita Federal divulgará, nos próximos dias, as regras e prazo para a Declaração do Imposto sobre a Renda 2022, referente ao ano de 2021. Aproveitando o ensejo, a Unafisco Nacional lança vídeo alertando a respeito da cobrança indevida do IR que afetará, mais uma vez, aqueles com menor poder contributivo.  

De acordo com a Unafisco, se a tabela fosse reajustada em 134,53%, referente à inflação acumulada desde 1996, 23,5 milhões de brasileiros, que ganham até R$ 4,4 mil por mês, estariam isentos do IR. Atualmente, 8,2 milhões de pessoas, com renda mensal de até R$ 1,9 mil, não pagam o imposto.  “Isso significa que temos mais de 15 milhões de contribuintes que estão pagando Imposto de Renda indevidamente. É uma situação de muita injustiça, principalmente para a classe trabalhadora e a classe média”, disse o presidente da Unafisco Nacional, Auditor Fiscal Mauro Silva. destvi

Ao não reajustar a tabela, o governo cobra mais da classe média. Atualmente, a maior alíquota de IR, que é de 27,5%, incide sobre rendas mensais acima de R$ 4,6 mil. Se houvesse correção na tabela, o trabalhador com este mesmo rendimento pagaria alíquota bem menor: 7,5%. 

A defasagem da tabela do IR fará com que o governo federal cobre R$ 164,5 bilhões a mais da população. “Conforme os anos foram passando, o governo se acomodou em cobrar imposto da classe média e deixou de cobrar dos mais ricos”, disse Mauro. 

O PL 2337, que poderia aliviar o peso do IR sobre aqueles com menor poder contributivo e sobre a classe média, está parado no Senado desde setembro de 2021, quando foi aprovado pelo plenário da Câmara. O presidente da Unafisco ressalta no vídeo que a perda de arrecadação não pode ser alegada como obstáculo para correção das faixas de renda. “Os recursos estão sobrando. A arrecadação [federal] bate recordes sucessivos. A questão é uma decisão política de promover esse alívio.”  

Outra discrepância do sistema tributário brasileiro, apresentada no vídeo, mostra que 0,35% da população não tem suas grandes fortunas taxadas, conforme previsão constitucional. Para aprofundar a questão, a Unafisco criou o site www.injusticatributaria.org.br, com a campanha Somos 99,65%. A ideia é que os donos de fortunas e privilegiados devem pagar impostos e contribuições de acordo com a riqueza que auferem. 

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Abaixo, assista ao vídeo: